Da conversa ao almoço
'... não se pode sustentar que a filosofia tenha tido um grande sucesso nas suas tentativas de dar respostas exactas às suas questões. Se perguntarmos a um matemático, um historiador, ou qualquer outro homem de saber, que corpo definido de verdades foi descoberto pela sua ciência, a sua resposta durará tanto tempo quanto quiserdes ouvir. Mas se colocardes a mesma questão a um filósofo, terá, se for franco, de confessar que o seu estudo não alcançou resultados positivos como os que foram alcançados pelas outras ciências. É verdade que isto é parcialmente explicado pelo facto de que assim que se torna possível um conhecimento definido acerca de qualquer assunto, este assunto deixa de ser chamado filosofia e torna-se uma ciência separada. A totalidade do estudo dos céus, que agora pertence à astronomia, estava outrora incluído na filosofia; a grande obra de Newton foi chamada «os princípios da filosofia natural». Similarmente, o estudo da mente humana, que fazia parte da filosofia, foi agora separado da filosofia e tornou-se a ciência da psicologia. Deste modo, a incerteza da filosofia é, em larga medida, mais aparente que real: aquelas questões que já são capazes de respostas exactas são colocadas nas ciências, enquanto apenas para as quais, no presente, nenhuma resposta exacta pode ser dada, subsistem para formar o resíduo a que se chama filosofia.'
Bertrand Russell, que continua algures por aí...
Meu caro, a descoberta deste texto sobre a minha secretária, entre as facturas várias e os cartões de bons restaurantes dos quais temo desfazer-me, sob a habitual camada de pó que açambarcou todas as coisas que eventualmente pretendo ler, deixa-me embalado pelo espírito do mundo. Que bom deve ser ter a capacidade de amplificar e ouvir a grande consciência humana que nos forma e nos envolve e nos muda.
Descobri-o com pressa, ia cagar e queria qualquer coisa para ler. Por favor não me confundas com essa malta que não é capaz de arrear sem uma visão ou uma única que lhe tire a ideia da dilatação do olho do cu - eu consigo cagar sempre que tenho vontade e nunca demora mais de 5 minutos, não gosto é de gastar o meu tempo com necessidades físicas básicas e sinto esta necessidade de aperfeiçoamento constante. Vou contar-te uma coisa - a mim também me deram cabo da minha auto-confiança, o meu único problema é descobrir quem foi, se professores, se coleguinhas em idadezinhas cruéis, se os meus pais, se as condições económicas ou sociais familiares. Não faço puto de ideia, mas na verdade não interessa, interessa é recuperá-la, destilá-la do meu quotidiano, obrigar-me a viver mais para ganhar um aperto de mão forte. Quero agradecer-te pelo que tens feito.
Bertrand Russell, que continua algures por aí...
Meu caro, a descoberta deste texto sobre a minha secretária, entre as facturas várias e os cartões de bons restaurantes dos quais temo desfazer-me, sob a habitual camada de pó que açambarcou todas as coisas que eventualmente pretendo ler, deixa-me embalado pelo espírito do mundo. Que bom deve ser ter a capacidade de amplificar e ouvir a grande consciência humana que nos forma e nos envolve e nos muda.
Descobri-o com pressa, ia cagar e queria qualquer coisa para ler. Por favor não me confundas com essa malta que não é capaz de arrear sem uma visão ou uma única que lhe tire a ideia da dilatação do olho do cu - eu consigo cagar sempre que tenho vontade e nunca demora mais de 5 minutos, não gosto é de gastar o meu tempo com necessidades físicas básicas e sinto esta necessidade de aperfeiçoamento constante. Vou contar-te uma coisa - a mim também me deram cabo da minha auto-confiança, o meu único problema é descobrir quem foi, se professores, se coleguinhas em idadezinhas cruéis, se os meus pais, se as condições económicas ou sociais familiares. Não faço puto de ideia, mas na verdade não interessa, interessa é recuperá-la, destilá-la do meu quotidiano, obrigar-me a viver mais para ganhar um aperto de mão forte. Quero agradecer-te pelo que tens feito.
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